sábado, 30 de julho de 2011

Somos maiores que os nossos medos

Acredito que não somos somente humanos, nem mesmo seres humanos que, eventualmente, desfrutam de experiências espirituais, mas seres espirituais que têm experiências humanas. Possuímos diversas dimensões que podemos vivenciar e das quais podemos usufruir. Temos em nosso espírito possibilidades acima do tempo e das limitações físicas. E há muitas formas de entrarmos em contacto com o Eu Superior que abrigamos. Trata-se de um caminho no qual quanto mais avançamos, mais nos tornamos capazes de alcançar graus cada vez mais altos de espiritualidade. . . . . Quanto mais profundamente nossa prática de meditação nos leva, mais nos distanciamos do plano das aparências e das tentações, da importância que damos às frustrações, aos rancores e ressentimentos, e mais e mais nos envolvemos com esse Eu Superior, com sua capacidade de amar. Por consequência, ao compreender que essa visão da vida e do mundo, esse amor, está dentro de nós, ao descobrir que possuímos esse dom tão precioso, repleto de beleza, nos sentimos seres dignos de ser amados e de alcançar a felicidade. Somos, sim, seres luminosos e iluminados.

A espiritualidade que cura e traz o equilíbrio é essa capacidade de amar e de nos sentirmos amados. É o que nos devolve o mundo munidos de habilidades impressionantes. Menos sujeito a inibições e constrangimentos, o sub-consciente é uma matriz de criatividade e de respostas intuitivas. Criatividade e intuição, duas fontes de realização, mas que, habitualmente, subestimamos ou mesmo reprimimos. A verdadeira cura e o verdadeiro equilíbrio dependem de nos reencontrar-mos com nossa essência espiritual. Sem o rancor trazido de muitas e muitas brigas ao longo dos anos, poluindo a capacidade de amar entre dois seres, muitos atritos aparentemente irreversíveis podem ser resolvidos. Com uma declaração de amor, com um abraço espontâneo, sincero, dado do fundo do coração (ou da alma). A espiritualidade maior está na maneira como buscamos: voltados para nosso íntimo, compreendemos que somos responsáveis por nosso aprendizado. Os únicos responsáveis. Não há outra maneira de aprender a não ser nos conhecendo, transformando nossos medos e limitações em força e alegria. Essa é a principal lição. Nossa tarefa no plano físico é aprender. Aprender no sentido mais amplo, mais ilimitado: aprender a amar. Amar os outros e a nós mesmos. Esse é o conhecimento que nos torna divinos.

Você é maior que seu corpo, maior do que sua mente. Você é maravilhoso ser de luz e amor, imortal e eterno. Você é maior do que seus medos, do que sua ansiedade, seus rancores e preocupações. Você é maior até mesmo do que o seu sofrimento. Você está sempre rodeado de amor, um amor que pode protegê-lo e confortá-lo. Que pode alimentá-lo e lhe oferecer realizações. E você pode visualizar o amor que o circunda. Pode reencontrá-lo nas profundezas do seu próprio eu, na sua imensidão interior, de onde você conseguirá sempre olhar o mundo e sentir-se capaz de torná-lo um lugar mais feliz para você e para os demais.. . . Fixe sua mente na luz, apenas luz. Sinta-a como uma benção. Ela é de facto, uma benção. E pertence a você. Vem de você e é destinada a você, desde o início dos tempos. Dentro de você há um magnífico universo à sua espera.

Brian Weiss, Muitas Vidas Muitos Mestres

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