domingo, 1 de setembro de 2013

Crenças e programação mental

Programação mental

Nós fomos “programados” biologicamente, fisicamente, e, também, “programados” mentalmente, intelectualmente. Devemos estar cientes de que fomos programados como um computador. Os computadores são programados por especialistas para produzirem os resultados que eles desejam… O homem foi programado para ser católico, protestante, para ser italiano ou inglês, e assim por diante. Durante séculos ele foi programado – para acreditar para ter fé, para seguir certos rituais, certos dogmas; programado para ser nacionalista e ir à guerra. Desse modo, o seu cérebro tornou-se tal como um computador, embora não tão capaz, porque o seu pensamento é limitado… Perceba o que isso significa: isso significa que você não é mais um indivíduo. Isso é muito duro de aceitar, porque nós fomos programados religiosamente para pensar que temos almas separadas de todos os demais. Sendo programado, o nosso cérebro trabalha do mesmo modo há muitos séculos. Temos que aprender a ver as coisas como elas são na realidade – não como vocês são programados para olhar. Podemos nos libertar de sermos programados e olhar?
Krishnamurti







 



Crenças

Ao alegar suas limitações, as pessoas dizem: “eu não posso fazer tal coisa porque…” E, a desculpa comum é do tipo – “é assim que eu sou”. Mas, a verdade mais provável é: “é assim que eu penso que sou”. Nós podemos aprender sobre nossas crenças estudando os peixes… Compre um aquário e divida-o pela metade com uma parede de vidro transparente. Depois arranje uma tainha e uma barracuda – peixe que come tainha. Ponha cada um de um lado e, no mesmo instante a barracuda vai avançar para pegar a tainha só que… bumba!… entra de cara na parede de vidro. Ela vai recuar e atacar outra vez e… bumba!… Em uma semana a barracuda vai estar com o nariz bem inchado e, percebendo que caçar tainha é sinônimo de dor, acaba desistindo. Aí, removendo a parede de vidro sabe o que acontece? Ela passará o resto da vida no seu lado do aquário; será até capaz de morrer de fome, mesmo tendo uma bela tainha nadando a poucos centímetros dela. Mas como conhece seus limites não vai ultrapassá-los. A história da barracuda é triste? Pois essa é também a história de todo ser humano.

Nós não colidimos com paredes de vidro, mas colidimos com professores, pais, amigos que nos dizem o que nos convém e o que podemos fazer. Pior ainda, colidimos com nossas próprias crenças – são elas que delimitam nosso território, é isso que alegamos para não ultrapassar os limites… Ou seja, criamos nossas gaiolas de vidro e pensamos que é realidade. Na verdade é apenas aquilo em que nós acreditamos… Quase todos nós temos uma história, e nos rotulamos… “eu sou professor”, “eu sou avó”, “eu sou… Essa nossa história é como um programa de computador instalado entre nossas orelhas, que nos controla a vida… Nós o levamos ao trabalho, nas viagens de férias, nas festas… enfim passamos a vida tentando nos adaptar à história… Tentar ajustar-se a uma história torna qualquer um infeliz… Eis então a dica: você não é a sua história e ninguém dá a mínima para isso. Você não pertence a uma categoria, a um compartimento. Você é um ser humano justamente porque tem uma série de experiências. E, quando você parar de arrastar uma história por aí, você vai ser muito mais feliz.
Andrew Matthews

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