quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O tempo não espera ninguém / Determine-se a sofrer menos

O tempo não espera ninguém

Tem um ditado que diz: “Jamais recuperaremos o dia de ontem”, pois
é, todo dia Deus nos oferece 1.440 minutos, mas, não aceita acumular sobras
se ocorrer, será desprezado.
É nos dado o direito de fazermos o que quisermos, como quisermos e da
forma que se achar melhor, mas, será que estamos fazendo da maneira correta?
Era uma vez, um executivo que se chamava trabalho e seu sobrenome era
hora extra, ou seja, o tempo todo se preocupava com os afazeres da empresa
na qual trabalhava, viagens quase que freqüente, sua residência era meramente
dormitório, sua esposa só a via na cama raramente via os filhos, se falavam
praticamente pelo telefone, diálogo nem existia, corria como um louco para
garantir a sua família um futuro melhor.
Com o fruto de vosso trabalho, adquiriu fazendas, carros, iates, apartamento
na praia, enfim, tinha uma situação financeira ótima. Os anos passaram
os filhos cresceram, e o pai nem percebeu, porque se entregou de tal forma
à construção do futuro, que não participou de suas pequenas realizações
do presente; não os levou ou os buscou no colégio; nunca foi a uma festa infantil
não teve tempo para assistir à formatura do colegial, enfim, não ajudou a
preparar os filhos, para encarar esse mundão, que ele sabia muito bem
as armadilhas existentes e que um erro cometido, a lei da selva era severa.
Os filhos conheceram os caminhos das drogas, e eram terrivelmente viciados
fazendo de tudo, “roubo, prostituição etc.para conseguir dinheiro, com
intuito de adquirir a droga; o executivo ao descobrir, percebeu que era tarde
demais, pois, tentou a todo custo libertar seus filhos, mas, todos seus esforços
foram em vão e ambos, acabaram morrendo de overdose.
“Não há tempo melhor aplicado do que aqueles destinados à família”
Assim, não adianta tentar construir um futuro desconsiderando a participação
dela, desta forma, valorize cada momento que você tem! E valorize mais
porque você deve dividir com alguém especial o suficiente para gastar o
seu tempo junto com você, ou seja, sua família, pois, os minutos que nos
é oferecido, não pode ser desprezado, e sim, muito bem investido e
lembre-se: o tempo não espera por ninguém.



Determine-se a sofrer menos


Lide de forma mais tranqüila com as adversidades, não se desespere.
Na maioria das vezes, quando nos desesperamos perdemos a capacidade
de raciocínio e tomamos atitudes que, em sã consciência, não tomaríamos.
Procure compreender, não só racionalmente, mas com o coração, que uma
das maiores leis que existe do planeta é a da transitoriedade.
Nada é permanente, tudo passa.
A vida é uma grande roda na qual estamos atados.
Em um momento estamos em cima, e nessa hora devemos agradecer ao
universo e não deixar passar as oportunidades e as bênçãos que este nos dá
e nos preparar para 'os dias mais frios' que, inevitavelmente, chegarão.
Quando sabemos que o inverno virá, de uma forma ou de outra, deixamos
alguma lenha reservada para nos aquecer nas noites frias. Busque o prazer.
Pare de fazer o que não gosta só para agradar a pessoas que não dão a
mínima pra você.
Não seja tolo, ame-se, seja mais amoroso com você, não se violente fazendo
o que não gosta.
Permita-se dizer não. Se a vida te dá um limão, aprenda a fazer uma
refrescante limonada.
Pare de se queixar do que não possui.
Aprecie o que a vida deu a você e, se tiver disponibilidade interna para isso
poderá observar que tem o bastante para este momento, e que se acha pouco,
deve começar desde já a construir um futuro mais abundante.
A queixa só mostra que você ainda está atrelado à sua criança abandonada
impotente em sua dependência.
Coloque em sua cabeça que não somos marionetes nas mãos de uma
grande força invisível.
Se sua vida não está boa, faça melhor daqui para frente! Ocupe-se de
poucas coisas.
Se você é o tipo de pessoa viciada em fazer muitas coisas, ter diversas
atividades em um só dia, desculpa, mas você nunca conseguirá tranqüilidade.
Sua alma estará sempre ansiosa e atormentada.
Seja mais amoroso com você, observe seus limites e respeite-os
Busque dentro de você pensamentos de paz e harmonia.
Saia do desassossego.
Comece por diminuir seu ritmo de respirar, de andar e até de pensar.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Desastres são criados pela mente

Por Mestre Ching Hai,
Taiwan, Formosa 13 de outubro de 1988 (originalmente em chinês)

Há muitos mundos e muitos níveis dentro do Universo. Nosso mundo é chamado de mundo físico, onde tudo pode ser visto, apalpado, tocado ou possuído. Há outros mundos que são criados pela mente, sendo que o mais próximo deles é o mundo astral. Na maioria das vezes, nossos pensamentos são de baixo nível, agressivos ou bons de acordo com os chamados padrões da sociedade. Tais pensamentos irão se dirigir para um lugar próximo, o mundo astral, que nós chamamos de atmosfera.

Às vezes nós contraímos alguma doença ou infecção, e outras vezes sofremos desastres, guerras, ou tragédias caem sobre nós. Tudo isso é criado pelos pensamentos ferozes das pessoas da Terra. Nós não deveríamos reclamar: "Eu sou uma pessoa tão boa, só fiz boas ações desde a minha infância. Como é que posso pegar uma doença incurável como esta?" Ou "Meu país é tão bom, as pessoas acreditam em Deus e são muito religiosas. Por que acontecimentos calamitosos nos afligem?" Para todo efeito sempre há uma causa. Um dia, nós aqui da Terra já tivemos ou ainda temos maus pensamentos. Mesmo que estes sejam momentâneos e nunca cheguem à ação, a energia do pensamento ainda persiste. E tal energia aparenta ter conhecimento e inteligência próprios, que chamamos de elementais. Mas pensamentos são desprovidos de almas e, conseqüentemente, do poder de Deus. Conhecimento é comparável a um computador, que não tem uma alma mas tem capacidade para lógica.

No entanto, os pensamentos nocivos e agressivos são mais poderosos do que o computador. Nós podemos destruir um computador, mas é muito mais difícil apagar um pensamento feroz. Tais pensamentos continuam a existir, independente do tempo, agrupando-se de acordo com suas afinidades magnéticas para que, mais cedo ou mais tarde, possam explodir e liberar toda a sua energia.

Se ficarmos um bom tempo sem usar o computador ou, ao contrário, se o sobrecarregarmos, ele acaba passando dos limites e se quebra por si só, e com ele desaparecem todos os arquivos gravados. Mas isso não se aplica aos pensamentos viciosos, que não desaparecem por si mesmos. Uma vez gerados, eles continuam a existir e se desenvolver em uma atmosfera que rodeia a nós, nossa Terra, nosso país, vilas e cidades. E se transformam em desastres, epidemias ou guerras.

O que é uma doença? É uma atmosfera que busca por pensamentos similares e adentram seus campos magnéticos. É o famoso "semelhante atrai semelhante". A atmosfera espera até que você gere certos pensamentos, ou então ela busca por pessoas que freqüentemente têm pensamentos semelhantes e penetra em seus campos magnéticos, uma vez que essa atração cria uma porta de entrada. É muito fácil duas coisas do mesmo tipo se misturarem, penetrarem no nosso campo magnético, e cérebro, nossos nervos e destruírem nossa resistência. E é assim que contraímos câncer, sofremos de problemas neurológicos ou sofremos de doenças nunca antes ouvidas. É bem possível que pessoas com pensamentos malignos geraram más auras em suas vidas passadas e, por isso voltaram para absorver a atmosfera viciosa que eles mesmo criaram.

Portanto não devemos culpar a ninguém. Nós criamos tudo; no entanto podemos evitar tais coisas. Por exemplo, se nós mantivermos nosso corpo, nossa fala e nossos pensamentos limpos e puros vinte e quatro horas por dia, as más auras não poderão se aproximar de nós. Coisas de naturezas diferentes não se podem misturar, como podemos perceber quando tentamos misturar água e óleo.

Nós, praticantes espirituais, podemos eliminar muito carma. Nós podemos ter tido pensamentos viciosos no passado, mas agora nós os temos em uma freqüência menor. Uma atmosfera que antes adentraria completamente no nosso campo magnético, agora pode exercer apenas uma pequena influência em nós. Talvez nós possamos sentir uma coceira aqui ou um machucado lá, ou ainda termos febre por dois ou três dias, mas isso não vai resultar em um câncer. Ou nós podemos sofrer um acidente, onde nosso carro será destruído, mas nós sairemos apenas com escoriações leves.

Por isso, quando estamos neste mundo físico, nós devemos purificar nosso corpo, palavras e mente para nos protegermos. Uma vez que transcendermos os três mundos, então não haverá mais problemas. Não haverá mais atmosferas ferozes. Ninguém terá pensamentos viciosos, pois apenas pessoas puras podem chegar lá.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Fazer os que nos rodeiam felizes... :)

Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de
hospital. Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas
as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões.

A sua cama estava junto da única janela do quarto.

O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas.

Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres,
famílias, das suas casas, dos seus empregos, dos seus aeromodelos,
onde tinham passado as férias...

E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se
sentava,passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto todas
as coisas que conseguia ver do lado de fora da janela.

O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de
uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a
actividade e cor do mundo do lado de fora da janela.

A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes,
chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus
barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por
entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e
enormes acariciavam a paisagem e uma tênue vista da silhueta da cidade
podia ser vislumbrada no horizonte.

Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com
extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os
seus olhos e imaginava as pitorescas cenas.

Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia apassar:
Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, conseguia vê-la e
ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de
palavras bastante descritivas.

Dias e semanas passaram. Uma manhã,a enfermeira chegou ao quarto
trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida, o
homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia.

Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que
levassem o corpo.

Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser
colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e
fez a troca.

Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a
enfermeira deixou o quarto.

Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo,
para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente
olhou para o lado de fora da janela que dava, afinal, para uma parede
de tijolo!

O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu
falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão
maravilhosas do lado de fora da janela.

A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver
a parede. Talvez quisesse apenas dar-lhe coragem...

Moral da História:

Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos
nossos próprios problemas.

A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando
partilhada, é dobrada.

Se te queres sentir rico, conta todas as coisas que tens que o
dinheiro não pode comprar.

' O dia de hoje é uma dádiva, por isso é que o chamam de presente.'


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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

CARTA DA TERRA

“A Carta da Terra é o resultado da discussão entre 46 países, e tem a mesma representatividade internacional da Declaração dos Direitos Humanos. O documento foi incorporado oficialmente pela ONU em 2002.”

Preâmbulo


Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que, nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.

Terra, Nosso Lar
A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.

A Situação Global
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e é causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.
Desafios Para o Futuro
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano é primariamente ser mais, não, ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios, ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos forjar soluções includentes.

Responsabilidade Universal
Para realizar estas aspirações devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local. Somos ao mesmo tempo cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual, a dimensão local e global estão ligadas. Cada um comparte responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem estar da família humana e do grande mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo presente da vida, e com humildade considerando o lugar que ocupa o ser humano na natureza.

Necessitamos com urgência de uma visão de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à emergente comunidade mundial. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um modo de vida sustentável como critério comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas de negócios, governos, e instituições transnacionais será guiada e avaliada. PRINCÍPIOS

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA

1.Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.

a. Reconhecer que todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor, independentemente do uso humano.

b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.

2.Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.

a. Aceitar que com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais vem o dever de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger o direito das pessoas.

b. Afirmar que, o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder comporta responsabilidade na promoção do bem comum.

3.Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.

a. Assegurar que as comunidades em todos níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e dar a cada a oportunidade de realizar seu pleno potencial.

b. Promover a justiça econômica propiciando a todos a consecução de uma subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.

4.Garantir a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.

a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.

b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem, a longo termo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.

Para poder cumprir estes quatro extensos compromissos, é necessário:

II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA

5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.

a. Adotar planos e regulações de desenvolvimento sustentável em todos os níveis que façam com que a conservação ambiental e a reabilitação sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.

b. Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza viável e da biosfera, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.

c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas em perigo.

d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies nativas, ao meio ambiente, e prevenir a introdução desses organismos daninhos.

e. Manejar o uso de recursos renováveis como a água, solo, produtos florestais e a vida marinha com maneiras que não excedam as taxas de regeneração e que protejam a sanidade dos ecossistemas.

f. Manejar a extração e uso de recursos não renováveis como minerais e combustíveis fósseis de forma que diminua a exaustão e não cause sério dano ambiental.

6.Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e quando o conhecimento for limitado, tomar o caminho da prudência.

a. Orientar ações para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais mesmo quando a informação científica seja incompleta ou não conclusiva.

b. Impor o ônus da prova àqueles que afirmam que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo dano ambiental.

c. Garantir que a decisão a ser tomada se oriente pelas conseqüências humanas globais, cumulativas, de longo termo, indiretas e de longa distância.

d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.

e. Evitar que atividades militares causem dano ao meio ambiente.

7.Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.

a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.

b. Atuar com restrição e eficiência no uso de energia e recorrer cada vez mais aos recursos energéticos renováveis como a energia solar e do vento.

c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias ambientais saudáveis.

d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar aos consumidores identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas sociais e ambientais.

e. Garantir acesso universal ao cuidado da saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.

f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e o suficiente material num mundo finito.

8.Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e uma ampla aplicação do conhecimento adquirido.

a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento. b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano.

c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis ao domínio público.

III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA

9.Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social, econômico e ambiental.

a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, distribuindo os recursos nacionais e internacionais requeridos.

b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma subsistência sustentável, e dar seguro social [médico] e segurança coletiva a todos aqueles que não são capazes de manter-se a si mesmos.

c. Reconhecer ao ignorado, proteger o vulnerável, servir àqueles que sofrem, e permitir-lhes desenvolver suas capacidades e alcançar suas aspirações.

10.Garantir que as atividades econômicas e instituições em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.

a. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro e entre nações.

b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e aliviar as dívidas internacionais onerosas.

c. Garantir que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas laborais progressistas.

d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas conseqüências de suas atividades.

11.Afirmar a igualdade e a eqüidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, ao cuidado da saúde e às oportunidades econômicas.

a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.

b. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiros plenos e paritários, tomadores de decisão, líderes e beneficiários.

c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e a criação amorosa de todos os membros da família.

12.Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, dando especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.

a. Eliminar a discriminação em todas suas formas, como as baseadas na raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.

b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas a formas sustentáveis de vida.

c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os para cumprir seu papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.

d. Proteger e restaurar lugares notáveis, de significado cultural e espiritual.

IV.DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ

13.Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes transparência e prestação de contas no exercício do governo, a participação inclusiva na tomada de decisões e no acesso à justiça.

a. Defender o direito a todas as pessoas de receber informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que poderiam afetá-las ou nos quais tivessem interesse.

b. Apoiar sociedades locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações na toma de decisões.

c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de assembléia pacífica, de associação e de oposição ( ou discordância).

d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais independentes, incluindo mediação e retificação dos danos ambientais e da ameaça de tais danos.

e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus própios ambientes e designar responsabilidades ambientais a nível governamental onde possam ser cumpridas mais efetivamente.

14.Integrar na educação formal e aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.

a. Oferecer a todos, especialmente a crianças e a jovens, oportunidades educativas que os empodere a contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.

b. Promover a contribuição das artes e humanidades assim como das ciências na educação sustentável.

c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massas no sentido de aumentar a conscientização dos desafios ecológicos e sociais.

d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência sustentável.

15.Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.

a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e diminuir seus sofrimentos.

B .Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento externo, prolongado o evitável.

c. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies que não são o alvo (ou objetivo).

16. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.

a. Estimular e apoiar os entendimentos mútuos, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro e entre nações.

b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.

c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura não provocativa da defesa e converter os recursos militares em propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.

d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição de massa.

e. Assegurar que o uso de espaços orbitais e exteriores mantenham a proteção ambiental e a paz. f. Reconhecer que a paz é a integridade criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com o grande Todo do qual somos parte.

O CAMINHO ADIANTE

Como nunca antes na história o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que comprometer-nos a adotar e promover os valores e objetivos da Carta. Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de de um modo de vida sustentável a nível local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender da continuada busca de verdade e de sabedoria.

A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresa é essencial para uma governabilidade efetiva.

Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra junto com um instrumento internacional legalmente vinculante com referência ao ambiente e ao desenvolvimento. Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, por um compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, pela rápida luta pela justiça e pela paz e pela alegre celebração da vida.


A idéia da Carta da Terra surgiu a partir da Eco 92, onde a ONU criou um órgão que posteriormente foi transformado na ONG Earth Council, com sede na Costa Rica. Sua missão é elaborar a Carta da Terra, uma declaração universal para orientar a humanidade a caminhar com o desenvolvimento sustentável e criar uma ética globalizada, um código de conduta para pessoas e nações rumo à sustentabilidade, capaz de refrear o consumismo predatório dos países ricos e eliminar a escassez extrema, não só de alimentos, como de educação, oportunidades, informação e meios de sobrevivência básicos.

Pela importância do documento, o Earth Council está envolvendo o maior número possível de cidadãos do mundo, e o documento final será o resultado do esforço de todos os continentes. Para isto, no nosso continente 27 grupos em 15 países já estão trabalhando. A idéia é lançar a Carta no final do ano 2000.

Segue abaixo a versão da Carta apresentada no Fórum Rio+5, em 1997:

De forma solidária entre todos e com a comunidade da vida, nós, os povos do mundo, comprometemo-nos à ação orientada pelos seguintes princípios inter-relacionados:

1. Respeitar a Terra e toda a vida. A Terra, toda a forma de vida e todos os seres vivos possuem um valor intrínseco e têm direito ao respeito, sem levar em conta seu valor utilitário para a humanidade.

2. Cuidar da Terra, protegendo e restaurando a diversidade, a integridade e a beleza dos ecossistemas do planeta. Onde houver risco de dano grave ou irreversível ao meio ambiente, uma ação preventiva deve ser adotada a fim de evitar prejuízo.

3. Viver de modo sustentável, promovendo e adotando formas de consumo, produção e reprodução que respeitem e salvaguardem os direitos humanos e a capacidade regeneradora da Terra.

4. Instituir justiça e defender, sem discriminação, o direito de todas as pessoas à vida, à liberdade e à segurança pessoal, dentro de um meio ambiente adequado para a saúde humana e o bem-estar espiritual. As pessoas têm direito à água potável, ar puro, solo não-contaminado e à segurança alimentar.

5. Compartilhar eqüitativamente os benefícios do uso de recursos naturais e de um meio ambiente saudável entre as nações, entre ricos e pobres, homens e mulheres, e gerações presentes e futuras, internalizando todos os custos ambientais, sociais e econômicos.

6. Promover o desenvolvimento social e sistemas financeiros que criem e mantenham meios sustentáveis de subsistência, erradiquem a pobreza e fortaleçam as comunidades locais.

7. Praticar a não violência, reconhecendo que a paz é o todo criado por relações harmônicas e equilibradas consigo mesmo, com outras pessoas, com outras formas de vida e com a Terra.

8. Fortalecer processos que capacitem as pessoas a participar efetivamente no processo decisório e que assegurem a transparência e o dever da prestação de contas no exercício do governo e na administração de todos os setores da sociedade.

9. Reafirmar que às populações nativas e tribais cabe um papel vital no cuidado e proteção da Mãe Terra. Elas têm o direito de preservar sua espiritualidade, seus conhecimentos, terras, territórios e recursos.

10. Afirmar que a igualdade de gênero é um requisito do desenvolvimento sustentável.

11. Assegurar o direito à saúde sexual e reprodutiva, com preocupação especial para com as mulheres adultas e jovens.

12. Promover a participação dos jovens, na qualidade de agentes responsáveis de mudança, visando a sustentabilidade local, bioregional e global.

13. Fazer avançar e aplicar o conhecimento científico e de outra natureza, bem como tecnologias, que promovam meios de vida sustentáveis e protejam o meio ambiente.

14. Assegurar que todas as pessoas tenham, ao longo de sua existência, oportunidades de adquirir o conhecimento, os valores e as habilidades práticas necessárias para criar comunidades sustentáveis.

15. Tratar todas as criaturas com bondade e protegê-las da crueldade e do aniquilamento arbitrário.

16. Não fazer ao ambiente dos outros o que não queremos que façam ao nosso.

17. Proteger e restaurar áreas de extraordinário valor ecológico, cultural, estético, espiritual e científico.

18. Cultivar e praticar um sentimento de responsabilidade compartilhada pelo bem-estar da Comunidade da Terra. Toda pessoa, instituição e governo têm o dever de promover metas indivisíveis de justiça para todos, sustentabilidade, paz mundial, respeito e cuidado para com a comunidade de vida mais ampla.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A evidência dos Mundos Subterrâneos como Prova Real de nós mesmos

Paulo Andrade

Vivemos tempos em que a proliferação de obras sobre temáticas esotéricas tornou-se moda. Isso tem no seu aspecto positivo o despertar de muitas das consciências adormecidas para o “Verdadeiro Caminho da Iniciação”, mas também tem muito de negativo por fomentar as mais diversas formas de psiquismo, com todas as suas nefastas influências.

A temática dos Mundos Subterrâneos ou Intraterrenos não tem sido (felizmente) dos temas mais populares pelos “escritores de hipermercado” que proliferam hoje em dia, pois a esses interessa-lhes mais o lucro fácil a qualquer preço, e este assunto não é dos mais vendáveis. E também porque não é fácil ter conhecimento directo ou indirecto sobre tão nobre tema, pois as “portas” estão abertas para poucos...

No entanto ao longo da História pôde-se registar uma plêiade de personalidades de excelsa sapiência (essas sim, conseguiram “ter as portas abertas”...) que, de forma mais ou menos velada, explanaram este assunto de modo a possibilitar que “quem tivesse olhos para ver, ouvidos para ouvir e coração para sentir”, pudesse abrir as portas dos Mundos Internos tanto do próprio como da própria Terra, pois “o que está em baixo é como o que está em cima, e o que está em cima é como o que está em baixo”.

Temos assim de forma mais romanceada ou filosófica:

Francis Bacon, que na Nova Atlântida fala-nos da Ilha Branca, Morada dos Bem-Aventurados, que não se alcança senão pelo mar ou pelo ar, simbolizando a existência dum Centro Espiritual Primordial.

Thomas Moore, que na Utopia faz menção a uma região desconhecida que denomina Utopia altamente organizada e liderada pelo Rei Utopos onde as instituições e as leis eram sábias e justas, diferentes das existentes na face da Terra.

Tommaso Campanella, que na Cidade do Sol aborda temas muito semelhantes aos referidos na Utopia, falando de uma cidade desconhecida existente no alto dum cume onde existe uma sociedade altamente desenvolvida alicerçada na harmonia e na ordem.

Júlio Verne, que em Viagem ao centro da Terra fala-nos duma aventura em que proliferam animais pré-históricos, criaturas desconhecidas, natureza exuberante e uma rede de túneis no centro da Terra com entrada através de um vulcão.

Bulwer Lytton, que em A Raça futura fala-nos dum romance entre um homem da superfície com uma entidade feminina dos mundos subterrâneos que lhe mostra como está organizada a sociedade em que vive e a sua extrema evolução a nível tecnológico e espiritual.

James Hilton, que em Horizonte Perdido fala-nos de uma região inóspita nos Himalaias que denomina Shangri-La onde impera a harmonia e evolução interior e exterior, e em que seus habitantes descobriram o “elixir da longa vida”, podendo ler-se no seu livro que «perder Shangri-La uma vez é procurá-la toda a vida»...

Duma forma mais esotérica e directa, temos:

Helena P. Blavatsky, que nas suas inúmeras obras mas mais concretamente em Ísis Sem Véu e A Doutrina Secreta, fala-nos dum Colégio de Sábios que denomina como Fraternidade Branca responsável pelo Governo Oculto do Mundo, assim como de vários túneis que proliferam no interior da Terra ligando locais tão díspares como os Andes, na América do Sul, aos Himalaias, onde na vizinha Mongólia, no Deserto de Gobi identifica a existência de Shamballah.

Saint-Yves d´Alveydre, onde essencialmente na sua obra Missão da Índia (na Europa) fala-nos minuciosamente de Agharta em todos os seus aspectos tanto hierárquicos, filosóficos e sociológicos, como políticos e tecnológicos.

Ferdinand Ossendowski, que em Animais, Homens e Deuses fala-nos das suas viagens pelo Oriente e dos relatos que referem lendas de tempos ancestrais relacionadas com os Mundos Subterrâneos e o enigma do Rei do Mundo e das suas profecias.

Alice Bailey, através da qual Djwal Khul Mavalankar, o Mestre Tibetano, fala-nos de Shamballah como Lugar Sagrado e Sol Central do Planeta donde irradia a Luz que ilumina as consciências e encaminha a evolução dos habitantes da Terra, além de outras inúmeras referências.

René Guénon, que em O Rei do Mundo fala-nos das inúmeras tradições em todo o planeta que descrevem a existência de Agharta e de Shamballah, assim como das cavernas e túneis subterrâneos que se perdem nas profundezas da Terra.

Mário Roso de Luna, que em O Livro que Mata a Morte ou O Livro dos Jinas, e em De Gentes do Outro Mundo, desenvolve de maneira riquíssima a tradição dos Mundos Subterrâneos a que chama Mundo dos Jinas.

E finalmente – os últimos são os primeiros – Henrique José de Souza (JHS), aquele que para nós desenvolveu de forma mais sublime esta temática, não deixando de falar claramente sobre os Mundos Internos. No seu livro O Verdadeiro Caminho da Iniciação, fala-nos que o País para onde Noé se dirigiu, segundo a Tradição, era um local subterrâneo, cujo nome até mesmo se parecia com o de “Barca”, ou seja, Agharta. «Como se vê, “arca” ou “barca” teve um sentido muito mais profundo que a Lei ainda não permitiu desvendar totalmente».

Falando sobre esta região transcendente de Agharta, reforça a tónica dada por outros insignes Adeptos da Boa Lei:

«Este País de Agharta é por muitos denominado Shamballah e as escrituras o descrevem como uma Ilha imperecível que nenhum cataclismo pode destruir.

«Agharta, Arca ou Barca é o lugar para onde o Manu Noé conduziu seu Povo ou Família, e os casais de animais a que se refere a Bíblia, esta porém com a interpretação errónea de que o termo “família” fosse apenas dos seus parentes.

«Agharta é o Celeiro das Civilizações passadas.»

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Em suma, estes são alguns nomes a que poderemos juntar outros, como Raymond Bernard, Nicholas Roerich e Alexandra David-Neel, que melhor até hoje deram o seu contributo em prol da divulgação dos Mundos Subterrâneos.

Devemos então indagar: será que todos tiveram uma imaginação fértil, ou realmente há algo mais do que aquilo que usualmente conhecemos da Terra e dos seus habitantes?

Pensamos que sim, pois, como se costuma dizer, “não há fumo sem fogo”. Senão vejamos:

Ao nível científico, devemos perguntar: se tendo a superfície da Terra cerca de 508 milhões de quilómetros quadrados, e se esta correspondesse ao que é unanimemente aceite, como poderá pesar apenas seis sextilhiões de toneladas? Segundo cálculos perfeitamente comprováveis, o seu peso teria que ser muito maior! Mas não ficamos só por aqui. À luz da Ciência, voltamos a perguntar: o que origina as auroras boreais? Como se formam os icebergues, uma vez que são constituídos de água doce? O que produz as marés do Ártico, assim como a existência de rochas e areias? Para onde vão as raposas, lebres e ursos durante o Inverno glaciar, que são observados ao Norte da Gronelândia? Porque o vento norte no Ártico fica mais quente quando se navega para o Norte, para além dos 70 graus de latitude? Porque se encontram sementes tropicais, plantas e árvores congeladas dentro das águas doces dos icebergues? Porque os pássaros tropicais e outros animais emigram mais para o Norte no Inverno, onde a sobrevivência raia o impossível por não existir alimento possível?

Pensamos que só à luz da Teurgia portadora da Sabedoria Iniciática das Idades tais perguntas, que a Ciência ainda não pôde ou não quis responder, poderão ser respondidas, admitindo a tese da Terra Oca com orifícios nos Pólos, tese esta que faz parte dum conhecimento ministrado no silêncio ou reserva dos Santuários secretos. Sendo assim, facilmente conclui-se que a Terra constituiu originalmente uma bola de matéria incandescente sendo que uma parte dessa matéria ficou em suspensão no centro, mais tarde dando origem a um Sol interior, enquanto a força centrífuga, criada pela rotação sobre o seu eixo, empurrou os materiais sólidos para a periferia formando a crosta compacta. A concavidade interior comunica-se com o exterior através das embocaduras polares, sendo aquecida e iluminada pelo Sol central do planeta, justificando assim as auroras boreais geradas pelo «choque» do mesmo Sol interior com os Pólos magnéticos exteriores. Nessa concavidade interior situa-se, encaminhando-se paulatinamente para o centro, o Mundo de Badagas, seguindo-se o Mundo de Duat e, finalmente, o Mundo de Agharta, com um com sete Cidades principais (3 Mundos x 7 Cidades cada = 21), sendo a 22.ª Shamballah (o Sol Central). Curioso no Tarot existirem 22 Arcanos Maiores!... Este é um assunto que explanaremos mais à frente neste estudo. Não custa então admitir que no interior do planeta resida uma civilização extremamente avançada, assim como a existência duma flora e fauna muito próprias que justificam as migrações de animais e aves referidas anteriormente. Uma prova da tecnologia avançadíssima dos povos intraterrenos é a existência dos Ovnis, ou os que na tradição oriental são designados por Vimanas. Muitos investigadores acham que provêm de outros planetas, mas à luz do aqui exposto isso parece-nos errado, pois a probabilidade de seres com aparência antropomórfica de “cabelos louros” provirem de outros planetas é ínfima, sendo muito mais fácil admitir a sua origem no nosso planeta.

Vamos ainda referir a existência de lendas e tradições em todos os povos e culturas diferentes que apresentam pontos comuns, apesar da enorme distância que os separa, como a referência a um lugar misterioso, morada dos Deuses, situado numa ilha ou montanha, ou a memória de um local donde provieram os seus antepassados, que mantém-se oculto, onde permanecem ainda esses Seres espirituais dotados de poderes sobre-humanos. Também é referido que quando as nações da Terra necessitassem o conhecimento desses Seres ou Guias adviria para a sua utilização, além de que a sua localização é referida em locais no interior de montanhas, grutas, torres ou castelos. Respigando alguns desses “mitos” podemos referir na Grécia o Monte Olimpo, na Índia o Monte Meru, na Palestina Canaã, no Tibete Shamballah, em Portugal a Ilha de São Brandão, na América do Sul o Paititi e o Eldorado, na Escandinávia Asgard, na Bretanha Avalon, a “Ilha das Maçãs” ou “Pomos d´Ouro” para onde partiu o Rei Artur, onde a morte não existe, além de inúmeras outras referências. De certa forma estabeleceu-se no inconsciente colectivo da Humanidade a existência de um Paraíso perdido para nós, Terra da Felicidade e da eterna Luz onde o sofrimento e a velhice não são conhecidos. Como podemos observar as referências são universais, o que leva-nos a concluir que é real a existência desse “Centro da Terra”, Paraíso ou Sol Interior que é na verdade Shamballah, a “Mansão dos Deuses”, Morada do Rei do Mundo que controla e dirige toda a evolução da vida quer no interior como no exterior da Terra, sendo também aí que se encontram as Hierarquias Criadoras, os Arquétipos da Humanidade. Sendo que nesses Mundos a evolução está muito mais avançada que no nosso, estão os seus habitantes organizados socialmente de um modo sinárquico e sendo o Rei do Mundo o cume da pirâmide hierárquica. A Sinarquia impede a existência de votações, ou partidos políticos ou religiosos, porque tal não é necessário, visto haver uma regulação pela lei trina das funções da Natureza e pelo primado orgânico da hierarquização natural. Tudo e todos em justiça e honestidade ocupam os seus lugares em ordem ao equilíbrio espiritual, individual e colectivo, ou seja social e planetário, logo numa abrangência universal, por isso AGHARTA É O MUNDO DOS JUSTOS E PERFEITOS, O REINO DAS ALMAS SUPERADAS.

É interessante que uma das chaves dos alquimistas na elaboração da Grande Obra, era a obtenção do elemento VITRIOL, Visita Interiora Terrae Rectificando Invenies Occultum Lapidem – “Visita o Interior da Terra , rectificando encontrarás a Pedra Oculta”. Não existe uma analogia evidente com aquilo que temos referido? Realmente existe, por haver uma similitude de relações entre o microcosmos e o macrocosmos, o que se confirma quando alguém pretende realizar uma prática espiritual recolhendo-se em meditação no seu Sanctum-Sanctorum, no imo do seu próprio Ser que é a parte mais lura de cada um, logo, o melhor do nosso Ser está no interior! Então, analogamente o melhor do planeta (que é o corpo de manifestação de um Ser extremamente mais evoluído) está no seu interior, podendo assim relacionar-se os estados de consciência alcançáveis na prática da meditação com os estados de consciência existentes nos “Mundos Subterrâneos”, consoante a sua maior interiorização. Assim, temos: Plano Físico – Face da Terra; Plano Vital – Badagas; Plano Emocional – Duat; Plano Mental – Agharta; e a Tríade Superior ou Mónada – Shamballah. Tal como possuímos sete “centros energéticos” ou chakras principais e um oitavo gerador oculto de todos, assim também pela Lei da Analogia existem 7 centros mais 1 principais no planeta.

Podemos então referir que no Período Atlante quando se deu o Julgamento Planetário, a Humanidade mais avançada que sobreviveu ao cataclismo universal, a Sedote, recolheu-se no interior do planeta, onde prosseguiu a sua evolução, tendo a restante, Jiva, permanecido na superfície, dando origem aos homens actuais (os tais que a Ciência oficial fala como existentes na Pré-História). Os Grandes Iniciados da Atlântida seleccionaram os seres humanos mais avançados espiritualmente na altura, e os conduziram para o interior da Terra através de uma abertura polar no hemisfério Norte, então muitíssimo mais acessível. Numa primeira fase, ao interiorizarem-se estabeleceram-se no Mundo de Badagas, que se encontra a cerca de 60-90 km de profundidade. Este Mundo já de elevada espiritualidade, civilização e cultura caracteriza-se pela tónica do desenvolvimento tecnológico, do qual como referência podemos voltar a referir os Ovnis. É neste Mundo que estão estabelecidas as Fraternidades Jinas, bem físicas, dos Adeptos Independentes que no seio da Humanidade em evolução na face da Terra se distinguiram dela e passaram a ser os seus Paradigmas de Eleição. A este Mundo são recolhidos fisicamente todos aqueles que terminaram a sua missão antes da morte natural, ou excepcionalmente aqueles que tenham uma não menos excepcional missão na face da Terra relacionada com os Mundos Aghartinos. Para este Mundo são encaminhados, após a morte física, os discípulos que em vida terrena não se conscientizaram plenamente das suas missões ligadas à Obra Divina. Aí recapitulam toda a sua actividade física passada antes de serem transferidos para o Duat, onde irão recapitular o que deverão fazer na próxima vida terrena, ficando aí a aguardar o momento da próxima reencarnação. É também para Badagas que são resgatados os corpos físicos densos dos Grandes Adeptos e Iniciados, para servirem em trabalhos específicos secretos só conhecidos dos Mestres Ocultos, explicando assim a razão porque ninguém sabe até hoje onde estão os despojos físicos dos Grandes Mestres da Humanidade (Jesus, Apolónio de Tiana, São Germano, Cagliostro, etc., etc.). Badagas exterioriza então o Duplo Etérico da Terra, tendo um ciclo semelhante ao da face da Terra, metade dia, metade noite.

Daí tem-se acesso ao Mundo de Duat onde se encontram Seres ainda mais evoluí- dos, os quais têm uma fisiologia semelhante à do Homem da superfície, sendo que o que mais impressiona são as bibliotecas e museus onde se encontram todas as produções literárias e artísticas significativas criadas pelo Homem. É assim como uma Memória Viva da Terra. Funciona como o Plano Astro-Mental do Globo encontrando-se aí os “duplos” psicomentais de todos os Adeptos e Iniciados, sendo que muitas dessas Almas Viventes aguardam o momento de voltarem a manifestar-se sobre a Terra, isto se a Lei as obrigar a tanto, pois em contrário, após esse período de transição e assimilação, descerão para Agharta. É no Duat que se encontram os Senhores Lipikas (Escribas), Manu – Yama – Karuna – Astaroth, mais um Quinto em “Projecção”, o Ardha-Narisha, que registam todos os actos, palavras, emoções e pensamentos da Humanidade no “Livro do Kamapa”. Eles são os chamados Senhores do Karma (Planetário). O Mundo de Duat possui um ciclo de actividade de dois terços de dia e um terço de noite.

Mais interiorizado ainda encontra-se o Reino de Agharta, relacionado com o Plano Mental e Espiritual da Terra, com as suas sete cidades, podendo se as relacionar com os chakras, sendo governadas pelos benditos Reis de Édon ou do Éden, sendo que aí reina a Sinarquia Universal e a Paz estabelecida. Agharta é o “Celeiro das Civilizações humanas”, pois que nela estão guardadas as sementes monádicas que irão compor as Raças, de Ciclo em Ciclo. Cada cidade aghartina representa e corresponde a um continente, globo, etc., preservando ainda o padrão ou estado de consciência de cada uma das Raças. Agharta possui um ciclo diurno permanentemente, pois não existe noite, sendo que os Seres que aí habitam não necessitam de descanso porque superaram há muito o conceito vulgar de espaço e tempo, por terem conquistado a metástase permanente com o Eterno Logos.

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Como um oitavo chakra, a oitava cidade de Agharta e sua capital é Shamballah, a “Mansão dos Deuses”, governada pelo Rei do Mundo, o Soberano Supremo, o Eterno Jovem das Dezasseis Primaveras. Esse é o Mundo do silêncio móvel, onde só aquele que tem assento no conselho do Rei dos Reis, pode morar. Daí dizer-se que é a Morada dos Deuses, a Cidade dos Imortais. Em Shamballah, expressando à própria Mónada Divina, existe sempre sombra ou treva, isto porque contém toda a luz ao ponto de a tornar ausente (Agharta é o diafragma reflector das 7 luzes provenientes da única do Sol Negro), e por ser o Núcleo Central da Terra, tem a designação de “Laboratório do Espírito Santo”.

De uma forma análoga, pode dizer-se que o Homem vive num Mundo tridimensional, mas no entanto existem outras dimensões, as 4.ª, 5.ª, 6.ª e 7.ª que constituem os “Mundos Superiores”. Assim sendo, a 4.ª dimensão corresponde ao Plano Astral ou Emocional, a 5.ª ao Plano Mental, a 6.ª ao Plano Intuicional e a 7.ª ao Plano Espiritual e que está ligada a uma 8.ª, que podemos caracterizar como a Unidade Perfeita ou o “Espaço Sem Limites”. Pois cada cidade de Agharta corresponde a cada um dos chakras da Terra que constituem o bojo ou essência última dos Sistemas Geográficos em evolução sobre a Terra (sendo 7 localizados no Peru, México, América do Norte, Austrália, Portugal, Egipto e Índia, mais 1 no Brasil que corresponde a Shamballah, sendo os lugares onde estão considerados verdadeiras “Terras Santas” e “Santas Cidades”). Assim e na mesma sequência, as cidades de Duat têm a ver com os plexos da Terra e os locais referidos na superfície com as glândulas do mesmo Globo, antes, do Logos Planetário reflectindo nos respectivos do Homem, este o microcosmo Daquele, o Macrocosmo. Explicando melhor, no Homem temos as glândulas no corpo físico que comunicam com os chakras no duplo etérico, que também comunicam com os seus correspondentes no corpo astral e estes com os análogos no corpo mental. Analogamente concluímos que pelos Sistemas Geográficos fluem as energias espirituais do Centro da Terra para a Face da mesma, fluindo e impregnando a Humanidade e fixando a espiritualidade sobre a Terra. O homem comum só percebe o mundo através das 3 dimensões da matéria (comprimento, largura, altura); para perceber a 4.ª dimensão necessita utilizar a disciplina dos sentidos, a concentração, para chegar à abstracção dos mesmos. A questão que se põe é que nos Mundos Subterrâneos, mesmo que na sua camada mais próxima da superfície abarquem as 3 dimensões conhecidas, não deixam de encontrar-se em dimensão diferente da 3.ª, e é por isso que cada um de nós não os consegue perceber ou acedê-los. Razão porque faz-se necessária a “Verdadeira Iniciação”, o tornar-se Real ou Verdadeiramente Iniciado, acedendo assim ao nosso Verdadeiro Ser em todos os seus Planos de Evolução, tornando-nos Seres conscientes de nós mesmos tanto interiormente como exteriormente, possibilitando assim que as “portas” dos Mundos Subterrâneos se abram de forma a podermos retornar ao “Paraíso” outrora perdido...

BIBLIOGRAFIA

Monografias da Comunidade Teúrgica Portuguesa.

Henrique José de Souza, O Verdadeiro Caminho da Iniciação.

Raymond Bernard, A Terra Oca.

Helena P. Blavatsky, Ísis Sem Véu e A Doutrina Secreta.

Alice Bailey, Iniciação Humana e Solar e Um Tratado sobre Magia Branca.

Ferdinand Ossendowsky, Animais, Homens e Deuses.

René Guénon, O Rei do Mundo.

Saint Yves d´Alveydre, Missão da Índia na Europa.

Francis Bacon, A Nova Atlântida.

Thomas Moore, A Utopia.

Tommaso Campanella, A Cidade do Sol.

Júlio Verne, Viagem ao centro da Terra.

Bulwer Lytton, A Raça futura.

James Hilton, Horizonte perdido.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Crop circle de 21 de dezembro de 2012‏

Por Antonio Ilenich

Hoje é dia 21 de dezembro de 2008. Daqui há exatamente 4 anos, à partir de hoje, acaba o calendário de conta longa da cultura Maia.

A contagem de datas neste calendário teve início no dia 11 de Agosto de 3114 a.C. (no calendário gregoriano proléptico), e é tão preciso que eles conseguiram prever e registrar todos os eclipses solares até 2012, com uma margem de erros insignificante.

No dia 20 de julho desse ano, escrevi um artigo intitulado "Finalmente um círculo inglês sem enigmas", o qual foi publicado pelo site do CUB.

Escrevi o artigo pois, pesquisando na internet, descobri que no dia 15 de julho, apareceu um círculo inglês (crop-circle) em Avebury Manor na Inglaterra, com a posição exata dos planetas do sistema solar no dia 21 de dezembro de 2012.

Porém no dia 22 do mesmo mês de julho, esse desenho foi modificado; apareceram outros desenhos complementando-o. No entanto, nesta data o artigo já havia sido redigido e publicado. O artigo fez muito sucesso. Somente no site do CUB foram mais de 5 mil acessos até o momento.

Também foi publicado no site do Projeto 2012. Onde alguns leitores pediram para que atualizasse o artigo levando em conta as modificações supra-citadas. Publicado também nos site do Mundo Ufo. Foi mencionado no site Pensando Nisso.

Gostaria de deixar claro que escrevi o primeiro artigo, afirmando sobre o fato, pois realmente o desenho da formação planetária é fiel à data em 2012, no entanto, não havia redigido nada sobre a segunda formação até o momento, por que existem formas, desenhos, nessa segunda formação, que ninguém sabe o que é, restando apenas especulações, e isso não é muito bom, até porque, todos que acompanham sites como CUB, Projeto 2012, Mundo Ufo, sabem que a descrença por parte dos céticos é fervorosa.

Nós que estudamos, e quanto mais estudamos, mais acreditamos, pois as evidências são inegáveis, temos que conviver com "desaprovações" de céticos e cientistas.

Por esse motivo, escreverei sobre a segunda formação, e pedirei para que pessoas como eu, que acreditam haver algo errado, que as coisas não vão bem, que as evidências indicam algo nada bom para 2012, me auxiliem, continuem pesquisando, e, caso encontrem algo contrário a este artigo, não guardem para si, enviem um e-mail para o CUB, e peçam para serem ouvidos.

Tenho certeza que se houver procedência, eles ouvirão.

Se nós, seres humanos, que convivemos neste mesmo planeta, não conseguirmos nos ajudar, defender nossas teses, e "tentar" fazer algo para mudar, quem fará isso por nós?

Voltando ao tema do artigo, existe muita especulação no mundo todo sobre o dia 21 de dezembro de 2012. Alguns prevêem a volta do planeta-X, Nibiru, ou Hercólobus. Outros dizem que nessa data a terra passará por uma inversão em seus pólos.

Tanto uma quanto outra especulação faz um certo sentido, existem vários sites na internet afirmando, que, nesta data, o sol estará alinhado com o centro da galáxia, atravessando o equador galáctico.

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Na cor verde o sistema solar, atravessando o equador galáctico em 2012.

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Este movimento de sobe e desce é periódico.

Segundo os Maias o ciclo completo de sobe e desce até o mesmo ponto leva 25625 anos, já segundo cientistas como o físico Richard Muller. A UC Berkeley este alinhamento acontece a cada 64 milhões de anos.

O motivo desse sobe e desce diverge quanto a fonte.

O Dr. Richard, diz nesse artigo, que é uma estrela anã apelidada por ele de, NEMESIS, que orbita o sol.

Já os que acreditam nas profecias sumérias, dizem se tratar do Planeta NIBIRU, que orbita uma anã marrom, ou seja, o sistema solar seria binário tanto para a ciência quanto para os Maias.

O que interessa realmente é que tanto cientistas quanto os que acreditam nas profecias maias ou sumérias, concordam que, para que o sol tenha esse movimento em onda, é necessário haver outro corpo que o atraia com sua gravidade.

Portanto é possível sim que haja fundamento nas especulações sobre o planeta Nibiru.

Também faz sentido a inversão polar, pois está atrasada, como pode se ver no artigo do jornal "The Sunday Times".

Faz sentido atentarmos para o fato de que, se o sol ultrapassar o equador galáctico, terá seus pólos invertidos, pois hoje, digamos que o hemisfério sul solar, é o que recebe maior influência gravitacional do centro da galáxia, e após ultrapassá-lo, será o hemisfério norte solar que receberá esta influência gravitacional.

A guinada solar será instantânea, no máximo durará alguns dias, e conseqüentemente todos os planetas do sistema solar passarão pelo mesmo processo.

Enfim o sistema solar inteiro está passando por uma série de transformações que estão sendo estudadas, porém os cientistas não conseguem explicar o motivo, como pode se ver no artigo do Dr. DR. ALEXEY N. DMITRIEV.

Este artigo é muito completo e pode se notar que são dezenas de eventos ao mesmo tempo.

As profecias maias para 2012 podem ser vistas nesses documentários do History channel e Canal Infinito.

Avebury Manor, Inglaterra, 22 de julho de 2008

Uma semana após aparecer esse desenho em uma plantação,

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O desenho foi modificado para esse.

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A forma utilizada por quem fez esses desenhos para dar seu "recado", foi: dia 15 desenharem como quem quer dizer: "Atentem para essa data", e no dia 22 mudarem o desenho como quem diz: "Neste dia acontecerá isso!"

Analisei durante muito tempo essas formações, pesquisei em vários sites da internet sobre as modificações e admito que existe muita especulação sobre o que representam.

Algumas coisas posso afirmar.

1º: O sol foi aumentado consideravelmente de tamanho, literalmente engolindo os planetas Mercúrio e Vênus.

2º: Atrás do sol sob a perspectiva da terra surge um corpo celeste (Planeta, asteróide ou cometa) vindo da direção da constelação de Libra ou Virgem.

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Outra afirmação que posso fazer é em relação a nova formação do lado direito da representação do sistema solar.

Ao contrário do que especulam em sites da internet dizendo se tratar da órbita da lua em relação a terra, trata-se de uma representação do calendário Maia de conta longa.

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Notem a semelhança.

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Notem também que nesta nova formação aparecerem um cometa na parte superior,

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Algo que eu suponho ser uma peça que faz parte do calendário Maia, com 11 círculos externos e um interno.

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Além de algumas inscrições no rodapé que suponho explicar o que significa toda a formação.

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Alguns sites da internet dizem se tratar, da direita para a esquerda: um diamante, um espermatozóide, uma tartaruga, um espiral, e uma formação estelar, sol abaixo em relação a outras estrelas.

Eu particularmente acredito se tratar também de desenhos Maias que muito podem nos dizer, pois tanto o diamante, que simboliza o "tempo fora do tempo" como pode ser visto nessa representação,

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quanto a espiral que faz menção ao tempo circular, fazem parte da cultura Maia.

Infelizmente não sou tão aprofundado nos assuntos dessa civilização para dizer mais, e acredito que cientistas não "perderão tempo" analisando uma formação no campo.

Alguns leitores dirão que estou ligando tudo aos Maias, no entanto, a primeira formação diz respeito à mesma data do término do calendário Maia.

Penso que se foi feita esta observação no primeiro desenho, não tem porque sair do foco na segunda formação.

Por esse motivo peço a todos que, como eu, interessam-se pelo assunto, e tem algum conhecimento ou estudo que possa ajudar a decifrar o que tentaram nos dizer, que o façam.

Gostaria muito de poder mudar a frase de encerramento do artigo, sabendo que descobrimos o que ocorrerá e nos preparamos para isso.

Do contrário.

Só nos resta aguardar até 21 de dezembro de 2012.