domingo, 24 de junho de 2012

Somos parte de um todo

Quando era mais nova adorava ler as revistas da Mónica / Cebolinha / Magali.
Sempre que tenho tempo disponível adoro desfolhar estas relíquias da minha infância e acabo por voltar a ser criança novamente.
Achei esta pequena história e decidi digitalizar para partilhar com vocês, afinal ela vai ao encontro do que costumo postar no blog ;) ela tem imenso significado e vão perceber o porquê ;)

Abraços cósmicos para todos,
Nês 


 




























sábado, 2 de junho de 2012

Como evitar preocupações e começar a viver


Esta semana resolvi pegar em 1 dos livros da minha estante, gosto de abrir 1 página ao acaso e aproveitar alguma mensagem ou reflexão que me possa "transmitir" nesse momento.
O livro é bastante antigo, mas tem experiências pessoais muito boas, assim como ensinamentos, etc.
Acho que esta pequena mensagem vai servir de exemplo para muita gente!
Muitos já sabem a minha opinião sobre o potencial humano - o ambiente em que estamos inseridos (assim como a sociedade) preenche-nos com diversas crenças sobre tudo e mais alguma coisa. Isso irrita-me imenso.
As crianças crescem cheias de crenças ridículas que os vão influenciar na idade adulta. Serão "cópias limitadas".
Quando alguém vai "contra" o sistema, é considerado como 1 pessoa com problemas mentais.
São poucos os "esquisitos" que são diferentes e fazem grandes obras.
Somos 1 ambulatório de ideias, de valores e de crenças de outras pessoas. Isto é triste e não deveria ser assim... eu pelo menos tentarei que os meus futuros filhos não sejam meras "cópias" sujeitas a crenças limitantes.



Dale Carnegie - Como evitar preocupações e começar a viver





William James, ao afirmar que o homem normal desenvolve apenas 10% das suas habilidades latentes, referia-se aos homens que nunca se encontraram a si próprios. Comparados ao que poderíamos ser, estamos apenas meio despertos. Somente usamos 1 pequena parte dos nossos recursos físicos e mentais. Falando de 1 modo geral, o homem vive muito aquém dos seus limites. Possui recursos que habitualmente deixa de usar.
Todos nós possuímos essas possibilidades: não desperdicemos 1 segundo com preocupações, porque todos nós somos diferentes. Tu és algo de novo neste universo. Desde o começo do mundo, nunca houve ninguém exactamente igual a ti, e jamais haverá.
Não há dúvida que somos «terrível e maravilhosamente» feitos.

Quando, pela 1ª vez cheguei a Nova Iorque, vindo das plantações de milho do Missuri, matriculei-me na «American Academy of dramatic Arts». Queria ser actor. Levava 1 ideia que me parecia brilhante, 1 atalho que me conduzia mais depressa ao êxito - 1 ideia tão simples, tão fácil de provar, que não compreendia por que motivo milhares de pessoas ambiciosas a não haviam já descoberto. A ideia era esta: estudaria como os actores famosos da época. Copiaria, então, os seus melhores recursos, transformando-me numa brilhante e vitoriosa combinação de todos eles. Que tolice! Que absurdo! Desperdicei anos de vida a imitar os outros, antes de meter na minha cabeça dura, de cidadão do Missuri, a necessidade de manter a minha personalidade e não a de outras pessoas.
Essa dolorosa experiência deveria ter sido, para mim, 1 lição definitiva. Mas não, de modo algum. Eu era muito estúpido. Precisei de aprender tudo de novo. Muitos anos depois, pus-me a escrever um livro que, em minha opinião, seria o melhor livro que se publicava sobre a maneira de se falar em público - destinado aos homens de negócios. Sobre a maneira de escrever tal livro, mantinha as mesmas quando a carreira de actor; tomaria emprestadas as ideias de uma quantidade de escritores e reuni-las-ia numa único volume - um livro que teria de tudo. Obtive dezenas de livros sobre como falar em público e passei um ano inteiro a incorporar as ideias alheias no meu manuscrito. Mas, finalmente, de novo compreendi que procedia como um idiota. Aquela miscelânea de ideias era tão sintética, tão monótona, que jamais interessaria a qualquer homem de negócios. Então deitei no cesto de papéis um ano inteiro de trabalho e comecei tudo de novo. «Desta vez - disse para mim -, serei eu mesmo, como todas as falhas e limitações. Não poderei ser outra pessoa.» Nunca mais tentei deixar-me influenciar pelas ideias de outros homens. Enrolei as mangas da camisa e comecei por onde deveria ter principiado: escrevi um livro sobre como falar em público, trabalhado com a minha experiência pessoal, as minhas observações e as minhas convicções de conferencista e professor de «public speaking». Aprendi - espero que definitivamente - a mesma lição que Walter Raleigh, professor de literatura inglesa em Oxford. «Não posso escrever um livro que se compare a uma obra de Shakespeare - disse ele -, mas posso escrever um livro que seja meu.»
O leitor é algo de novo neste mundo. Alegre-se de assim ser. Tire o máximo proveito dos dons que a natureza lhe deu. Verifique que toda a arte é autobiográfica. Reflectimos sempre a nossa maneira de ser, cantando ou pintando. Somos aquilo que as experiências, o meio e a hereditariedade fizeram de nós. Para seu bem ou para seu mal, deve cultivar o seu pequeno jardim. Para seu bem ou para o seu mal, terá de tocar o seu pequeno instrumento na orquestra da vida.
Como disse Emerson no seu ensaio sobre «Self-Reliance», «há um momento, na educação de cada homem, em que este chega à certeza de que a inveja é ignorância, a imitação suicídio, e de que se deve aceitar a si próprio, para bem ou para mal,  tal como é: de que, embora o universo se encontre cheio de oiro, nenhum grão de milho lhe irá parar ás mãos, se não for pelo trabalho no pedaço de terra que lhe foi destinado para cultivar. O poder que reside dentro de si é novo na natureza, e ninguém, senão ele, sabe o que pode fazer, e nem ele próprio o saberá, enquanto não for experimentado».

Não imitemos os outros. Procuremos encontrar-nos a nós próprios e manter, sempre, a nossa maneira de ser.